terça-feira, 26 de julho de 2011

Meus avós...

Tem um texto que fala :

"Tem gente que tem cheiro de passarinho quando canta. De sol quando acorda. De flor quando ri. Ao lado delas, a gente se sente no balanço de uma rede que dança gostoso numa tarde grande, sem relógio e sem agenda. Ao lado delas, a gente se sente comendo pipoca na praça. Lambuzando o queixo de sorvete. Melando os dedos com algodão doce da cor mais doce que tem pra escolher. O tempo é outro. E a vida fica com a cara que ela tem de verdade, mas que a gente desaprende de ver."


Este texto me lembra a minha avó e avô maternos. Os únicos com quem tive uma relação próxima.
Estes final de semana, visitei a cidade em que eles moravam(Itaituba-Pará) e que sempre que podia eu estava lá... curtindo aquele café feito por vó, com aqueles biscoitos tão gostosos.
Não sei se é assim com todo mundo, mas acho que sim... em casa de avó tem sempre comida gostosa, não é?
Quase chorei ao ver aquela casa que se chamava aconchego... Aquela rua que por diversas vezes andei, de mãos dadas com minha avó...
Como tempo passa... e me pergunto porque estas coisas passam rápido. Porque as pessoas mais importantes se vão... A fase mais gostosa da minha infância.
A cidade não mudou em nada. As casas são as mesmas com pouqíssima diferença.

Hoje é dia dos avós e descobri que é justamente por que é o dia de Nossa Senhora de Santa'Ana, vó de Jesus Cristo. Por coincidência ou providência divina, o mês em que eu mais ia ver meus avós era o de julho, por causa da festa da padroeira da cidade que é Santa'Ana.
Aprendi tanta coisa com eles. Foi minha avó que me apresentou a Renovação Carismática Católica...onde eu conheci um Deus de amor...que faz tudo por amor...que não castiga...que é o Deus da Misericórdia...
Lembro vagamente, na minha mente: Uma noite, 18h, ajoelhada em frente ao altar que tinha na casa dela, rezando o terço, intercalando com o canto "Mãezinha do céu, eu não sei rezar...".
Ai que falta que o amor deles me faz. Com minha avó foi mais intenso. eu amava estar ao lado dela. Avó paparica muito a gente sem brigar né?
Incentivo muito minhas filhas a criarem raízes com os avós maternos e paternos. Acho de suma importância a gente ter história. Compartilhar aquele colo enrugado, sentir-se amado e parte de uma família. Saber de nossas raízes...
Minhas filhas só não poderão vivenciar esta experiência com os avôs. Meu pai já faleceu e sinto tanto ele não estar aqui. Meu sogro tem Alzheimer, mas está ali. Ele ri delas, e demonstra, do jeito que a doença deixa, o carinho dele por elas.
Hoje para mim é um dia muito importante porque relembro o quanto, os meu avós, me ensinaram coisas boas. O mais importanta de tudo: me ensinaram a humildade.

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